Jampa


          Cheguei em João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, no início dos anos setenta e fui direto para o Tropical Tambaú Hotel, pois estava morto de fome. Só a visão da parte externa do hotel já me impressionou, é um prédio majestoso, avançando sobre o mar, de arquitetura futurista, que lembra uma estação espacial. Já tinha ouvido comentários que diziam que todo prédio de arquitetura muito moderna não oferecia muito conforto em seu interior, mas neste hotel concluí que esta afirmação não passa de fofoca, o hotel é extremamente confortável e seu ambiente interno deixa-o à vontade, mesmo que esteja chegando de uma longa viagem, de bermuda e camiseta velhas.

          Fui ao restaurante o mais rápido possível, pois a fome me atormentava, e fiquei sabendo que o principal prato da casa era a Lagosta ao Termidor, então tratei de pedir uma, sem acreditar muito na qualidade do prato, teria preferido pedir meu prato favorito: filet com fritas. Mas quando coloquei o primeiro pedaço daquela lagosta na boca fiquei arrepiado, imediatamente chamei o garçon e pedi outra lagosta, aquilo estava simplesmente divino! Muito a contragosto devo revelar que devorei três lagostas, para o espanto dos garçons e clientes da casa, mas eu estava faminto, naquela manhã, devido à pressa, eu havia saído do hotel em Maceió sem tomar o café da manhã, nunca mais fiz isto.

          À tarde saí para fazer meus primeiros passeios, fui às Piscinas Naturais de Picãozinho e ao Parque Solon de Lucena com seu lindo lago e voltei ao hotel para um merecido descanso. No dia seguinte continuei explorando esta linda cidade e fui à Praia de Camboinha, de águas limpas e mornas. Depois visitei o Centro Cultural e Igreja de São Francisco e fui ver o por do sol na práia do Jacaré. Foram três dias de muitos passeios e diversão, durante os quais fiquei conhecendo um pouco da história deste importante estado e as principais atrações turísticas de Jampa, pois é assim que os pessoenses (habitantes de João Pessoa) chamam a sua cidade, uma apelido muito simpático.

          Chegando em casa e pesquisando sobre João Pessoa na Wikipédia, descobri os seguintes fatos interessantes:

          Sua região metropolitana é formada por João Pessoa e mais onze municípios e tem cerca de 1.223.284 habitantes (IBGE/2013), sendo a 6ª mais populosa do nordeste brasileiro. Em 1992, João Pessoa recebeu o título de "segunda capital mais verde do mundo". Segundo um cálculo baseado na relação entre o número de habitantes e a área verde, ficando atrás apenas de Paris, capital da França. É uma das capitais de melhor qualidade de vida do nordeste brasileiro, possuindo diversos locais que auxiliam a população da cidade a obter uma vida melhor e de qualidade. Suas praças contam com equipamentos de ginástica, além de ciclovias espalhadas pela cidade. É lei o fechamento de parte da orla para caminhadas nas manhãs (das 5 às 8 horas).

          João Pessoa foi uma das duas principais cidades da Nova Holanda, junto com Mauritsstadt (a atual Recife). Possui antigo e vasto patrimônio histórico, similar ao de Olinda (mas, ao contrário desta última, manteve seu status de sede). Dados de 2000 mostram João Pessoa como a capital menos desigual do Nordeste, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, com o coeficiente de gini de 0,630, embora tal índice seja considerado "muito alto" de acordo com a ONU. É conhecida como "Porta do Sol", devido ao fato de, no município, estar localizada a Ponta do Seixas, que é o ponto mais oriental das Américas, o que faz a cidade ser conhecida como o lugar "onde o sol nasce primeiro nas Américas". Fundada em 1585 com o nome de "Nossa Senhora das Neves", a cidade de João Pessoa é a terceira capital de estado mais antiga do Brasil, tendo já sido fundada com título de cidade.

Lupércio Mundim


Artigo dedicado a Inês Vieira, a habitante mais simpática e generosa de João Pessoa!

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